Mucormicose: O que é o fungo negro e qual a relação com a COVID-19
Após o início da crise signatária aguda que a Índia vem enfrentando por conta do coronavírus, estamos observando um aumento de casos da mucormicose, conhecida também como fungo negro. A doença vem acometendo muitas pessoas recém recuperadas da COVID-19, por isso, separamos este post para conhecer mais sobre a doença, como ela pode se instalar no corpo humano e sua relação com a COVID-19.
O que é a mucormicose?
A mucormicose é uma doença causada pelo fungo mucorales que pode atingir polmões, seios da face e até o sistema gastrintestinal. Apesar de rara, tem uma alta taxa de mortalidade que vai de 50% a 60% dos pacientes, muito por conta da dificuldade em se constatar a presença do fungo no corpo humano nos períodos iniciais da doença.
Formas que a mucormicose se manifesta
Cutânea
Forma mais simples de perceber a doença, têm como principais sintomas manchas pretas na pele, boca ou língua.
Rinocerebral
Quando atinge os seios da face, mesmo local onde ocorre a sinusite.
Pulmonar
Se alojando nas paredes pulmonares, geralmente progredindo das vias respiratórias.
Gastrointestinal
Em alguns casos, além de atingir os pulmões, o fungo pode se alojar em órgãos do sistema digestivo.
A mucormicose é contagiosa?
A mucormicose não é uma doença contagiosa. No entanto, é no cenário pandêmico que vivemos, ainda é necessário manter o distanciamento social.
Como ocorre a contaminação pela mucormicose?
- Respiração: Inalação do fungo do ar contaminado
- Laceração na pele: Cortes feitos por matérias hospitalares contaminados, em locais hospitalares de baixa esterilização podem aumentar o risco de contaminação da mucormicose
Agravantes da mucormicose
- Diabéticos
- Pessoas com doenças pulmonares
- Pessoas que fazem uso de corticoides por períodos prolongados
- Imunossuprimidos
- Ambientes húmidos
Relação da COVID-19 com a mucormicose
Não há uma relação direta entre a COVID-19 e a mucormicose, uma pessoa que contraiu coronavírus não necessariamente será contaminada pela mucormicose. No entanto, o uso de corticoides no tratamento da COVID-19 pode enfraquecer o sistema imunológico do paciente, deixando-o mais propenso a contrair a mucormicose.
Além disso, a ´combinação da mucormicose pulmonar com a COVID-19 pode ser fatal para o paciente que terá o órgão muito comprometido pelas doenças.
No caso da Índia, o alto número de diabéticos não diagnosticados juntamente a baixa higiene das UTIs postos de saúde potencializaram a contaminação, gerando números de casos de mucormicose mais altos que o padrão.
A mucormicose é uma doença de difícil constatação, por isso, caso tenha dores na face ou manchas na pele, procure um médico imediatamente. Quanto mais rápida a constatação, maior as chances de recuperação.
Para saber sobre outras doenças relacionadas ao coronavírus, acompanhe os outros posts no Editorial COVID.