Reações colaterais da vacina AstraZeneca: Quais são os efeitos e porque eles acontecem?
Entenda o porquê da vacina apresentar efeitos colaterais em algumas pessoas.
Aprovada desde o início da campanha nacional contra a COVID-19, a vacina AstraZeneca, produzida pela Oxford (Reino Unido) e fabricada pela instituição brasileira Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), apresenta reação comum em 1 a cada 10 brasileiros que tomam a vacina, conforme previsto na bula. (primeiro parágrafo)
Os sintomas variam, algumas pessoas relatam febre, fadiga, mal-estar ou outras reações desconfortantes no intervalo de 48 horas. O que gera uma preocupação por parte da população em tomar a vacina da fabricante britânica. (Segundo parágrafo)
Para isso, responderemos algumas dúvidas e questionamentos sobre reações colaterais a vacina da AstraZeneca/ Oxford/ Fiocruz.
Tive reação a vacina, devo me preocupar?
Não é motivo para grandes preocupações, visto que a vacina na sua fase de estudo II e III já se mostrou reatogênica, isto é, que causa reações adversas em algumas pessoas. Desde então esses efeitos foram mapeadas e é comprovado que não causa nenhum tipo de risco colateral permanente aos vacinados.
Quais são as reações a vacina da AstraZeneca?
Segundo a bula do imunizante da AstraZeneca, os efeitos colaterais podem ser os seguintes:
Comuns – que podem afetar 1 em cada 10 pacientes
- Sensibilidade, dor, sensação de calor, vermelhidão, coceira ou hematoma (manchas roxas) onde a injeção é aplicada;
- Sensação de indisposição de forma geral;
- Sensação de cansaço (fadiga);
- Calafrio ou sensação febril;
- Dor de cabeça;
- Enjoos (náuseas);
- Dor nas articulações ou dor muscular;
- Febre;
- Sintomas semelhantes aos de um resfriado como febre acima de 38 °C, dor de garganta, coriza (nariz escorrendo), tosse e calafrios.
Estas reações são classificadas como EANGs (Eventos adversos não graves), onde um remédio profilático basta para amenizar os sintomas. Você pode adquiri-los facilmente em farmácias da sua região.
Incomuns
Sentir uma dor de cabeça grave ou persistente, visão turva, confusão ou convulsões;
- Desenvolver falta de ar, dor no peito, inchaço nas pernas, dor nas pernas ou dor abdominal persistente;
- Notar hematomas incomuns na pele ou identificar pontos redondos além do local da vacinação;
- Sensação de desmaio ou tontura;
- Mudanças no seu batimento cardíaco;
- Falta de ar ou respiração ofegante;
Em caso de sentir um destes sintomas, procure um médico o mais breve possível.
Por que a vacina da AstraZeneca pode causar reações colaterais?
Isso acontece porque a vacina da AstraZeneca usa a tecnologia de vetor viral não replicante, que contém o vírus ativo geneticamente modificado para passar a mensagem para o seu corpo simular a doença e produzir os anticorpos necessários contra o coronavírus.
Quando aplicado, o sistema imunológico começa a combater o vírus como se ele fosse o coronavírus, o que pode causando efeitos adversos.
Os efeitos colaterais a vacina da AstraZeneca são menores na 2ª dose?
Segundo a bula do imunizante da vacina, a probabilidade do paciente ter reações adversas ao tomar a 2ª dose da vacina são menores. Isso acontece devido a memória imunológica do corpo, que identifica e relembra o primeiro contato com o vírus modificado, tornando menos prováveis reações a segunda dose.
Só a vacina contra COVID-19 tem efeitos adversos?
Não. É normal que medicamentos ou vacinas tenham efeitos adversos para um grupo específico de pessoas. Reações colaterais a vacina não são exclusivas aos imunizantes contra o coronavírus, as vacinas contra tétano e meningite, populares em nosso país são reatogênicas, semelhante as vacinas contra a COVID-19.
Apesar da lista de eventos adversos parecer grande, não é um empecilho para não se vacinar. A probabilidade de que você venha sofrer com efeitos colaterais a vacinação é minoritária, e mesmo caso venha acontecer, a maioria dos sintomas são leves de duração curta e facilmente tratados, por isso, acompanhe o calendário de vacinação e dirija-se o mais rápido possível a um dos postos de vacinação.
Para saber sobre mais dicas de vacinas e outros assuntos relacionados ao coronavírus, veja outros textos do Editorial COVID-19.